violência

Centro Social da Nova Santa Marta sofre com vandalismo

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A equipe do Centro Social Madre Francisca Lechner, no Bairro Nova Santa Marta, na região oeste de Santa Maria, não sabe mais a quem apelar para se proteger da série de furtos, tentativas de arrombamento e atos de vandalismo que assolam o local. O Centro oferece cursos e atividades de cunho educacional e refeições para mais 300 pessoas da comunidade. A instituição atende desde crianças até idosos em situação de vulnerabilidade e risco social. Mantida pela Sociedade Assistencial e Educativa Mãe Admirável (Saema), a casa sempre enfrentou problemas na área de segurança, mas, só em agosto, foram registrados quatro ocorrências policiais sobre o local.

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O mês que passou deixou medo, apreensão e prejuízos que ainda nem foram calculados. Segundo a irmã Berenice Maria da Silva, uma das coordenadoras do Centro, várias medidas foram adotadas, mas nem o alarme e as câmeras parecem intimidar os bandidos. Outro problema, segundo ela, tem sido a demora do atendimento pela Brigada Militar.

Em uma tentativa de arrombamento, no dia 8 de agosto, bandidos forçaram duas portas do prédio com socos e pontapés. Havia 25 alunos dentro de uma das salas. Depois do acontecimento, a coordenação mudou os ensaios da Banda Marcial Som e Vida do turno da noite para as manhãs de sábado.

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Em outra situação, foram arremessadas laranjas, danificando as janelas da parte residencial, e foram furtadas as cercas de proteção da propriedade. As últimas duas intervenções foram ainda mais ousadas. No dia 23 de agosto, bandidos tiveram tempo suficiente para desparafusar duas persianas de alumínio da parte externa do salão de atividades do Centro. Três dias depois, dois homens entraram no pátio com uma escada, cortaram a tela e tentaram arrombar a janela do segundo andar da residência usando um ferro. Eles desceram e tentaram arrombar as duas janelas do térreo, mas depararam com a grade interna da casa.

As irmãs acionaram o alarme e entraram em contato com o 190. Quando ficaram cara a cara com os bandidos, duas irmãs do Centro gritaram e foram ameaçadas de morte pelos autores do fato. Segundo elas, a Brigada Militar teria chegado ao local 40 minutos após ser chamada. 

- A gente começou a gritar porque eles estavam na janela, aí, eles disseram: "Vocês querem que a gente mate vocês? Querem morrer?" E não saiam da janela - relatou uma das irmãs.

A direção do Centro entregou um relatório com o protocolo das ocorrências e imagens das filmagens das ações à Polícia Civil e fez reuniões com a Brigada Militar, Polícia Civil, líderes comunitários, Guarda Municipal, entre outras entidades, tratando sobre os problemas de segurança da área.

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O caso está sob investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Maria. Conforme o delegado Marcelo Arigony, a equipe está trabalhando nos casos.

A Brigada Militar, por meio de nota, informou que despachou viaturas todas as vezes que foi acionada, mas que o tempo de resposta depende da demanda de ocorrências que são atendidas pelo 190. Ainda, destaca que o efetivo da Base Móvel Comunitária instalada no bairro mantem contato permanente com as coordenadoras do Centro Social, que os suspeitos estão sendo monitorados pela Seção de Inteligência e que o local está na rota de patrulhamento da corporação. 

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